. Prometo intentar no volve...
. Duele
. Sinmigo
. Wordporn
. Deixa
. Restart
"Trabalhava numa fábrica do pensamento, na secção da imaginação. Tinha a seu cargo os sonhos eróticos de milhares de portugueses acima da idade regulamentar, uma vez que antes dos 18 anos era estritamente proibido sonhar com determinadas temáticas. Tinha passado brevemente pelo departamento das aspirações políticas, mas cedo percebeu que não tinha jeito para mentir. Gostava mais de acompanhar as pessoas nos seus tempos mortos, de lazer, proporcionar doces ilusões de felicidade. Se algum casal se zangava, nessa noite era sabido que sonhariam um com o outro, e com os melhores momentos que tinham passado juntos. Amanheciam mais tranquilos, com um sorriso apaziguador nos lábios, e sem se lembrarem como, já tinham feito as pazes. As velhas viúvas sonhavam muitas vezes com os seus maridos perdidos, e com o futuro risonho dos filhos e dos netos, uma preparação suave para a partida breve.
Mas o que lhe dava mais prazer era construir novos casais. Procurava na base de dados por várias horas, pesquisando os interesses e ambições de cada jovem, até encontrar um par que fosse a combinação perfeita. Depois, punha-os nos sonhos um do outro durante várias noites seguidas, sempre em cenários paradisíacos, praias, biquínis, sol e mar. Os sonhos iam evoluindo suavemente, mudando de cenário, desapareciam por um mês, para reaparecer em seguida.
Até que um dia, por algum acaso, os dois protagonistas se cruzavam na rua, nos transportes, ou se encontravam numa festa. Surgia de imediato uma cumplicidade, uma empatia que eles não sabiam a que deviam atribuir. Apenas sabiam que se sentiam terrivelmente bem um com o outro, como se fossem velhos amantes. O primeiro toque já não era surpresa, enchia-os da certeza do amor eterno.
E isso, mais que tudo, deixava-a feliz. Esperava encontrar um dia, na imensa base de dados, o par ideal para a sua vida, aquele que iria sonhar com ela noites a fio, e acordar um dia com a certeza que tinha descoberto o seu amor."
Não podia deixar passar este texto que acho simplesmente espectacular!!! A autoria é da Sónia do blog Horas Negras
Ora bem vamos lá fazer um texto daqueles... daqueles que fica um brinco!!!
Nem sei bem o que isso quer dizer
Afinal o que é mesmo algo ficar um brinco?!?!
- A casa está limpa e arrumada
está num brinco
- A comida está saborosa
está um brinco
Um adjectivo que vai desde o quantitativo ao qualitativo nem sei porque é que acham que um brinco é sinal de algo bom, limpo, arrumado, asseado.
Sim, nunca vi a definição um brinco para algo de errado ou mau
Pior mesmo é quando é acompanhado de um gesto de levar dois dedos à orelha e enquanto falam está daqui... que raio também é isso?!?! A cartilagem da orelha é assim tão especial?!?!
O texto acaba aqui e sem piada eu não brinco!!!
Complicando o que é fácil também na despedida o povo tem de ser confuso
Não podíamos ficar pelo simples adeus!?!
O adeus ficou rotulado de uma despedida mais fria e que representa uma ausência longa
O até logo ficou reservado para despedidas com reencontros mais ou menos breves (nem vou entrar na filosofia barata do que é mais ou menos fica para depois!!!)
O até já serve para despedidas breves em que voltamos a estar reunidos em escassos espaços temporais (gostei da sonoridade escassos espaços!!! ehehe)!
Não parece complicado mas onde entram o até depois?! Já se vê?!
Uma ausência curta para duas pessoas que se gostam representam um adeus outros desejávamos que o até já fosse eterno e outras ainda que o até logo não tem aplicação (sempre demoram muito e devia ter sido adeus ou são tão céleres que o até já tinham mais lógica!)
E o tchau ou xau que diabo isso representa?!!